Confrontada com as críticas do presidente da autarquia, Rui Rio, a ministra garantiu que a culpa do ministério no atraso [da conclusão da obra] é nenhuma, uma vez que "o pedido de parecer para o prolongamento do túnel chegou em Dezembro de 2004.

"Os prejuízos que a Câmara diz estar a sofrer devem-se ao facto de o presidente ter decidido avançar com a obra ilegalmente", sublinhou Isaber Pires de Lima, que acompanhava uma visita do primeiro-ministro ao Museu de Arte Contemporânea de Serralves.

Desde a sua chegada ao cargo, no mês passado, a ministra vem insistindo que a obra do túnel deve ser concluída de acordo com o projecto original, o qual prevê a saída à superfície no final do Jardim do Carregal.

Contudo, a câmara propôs posteriormente o prolongamento do túnel até à Rua D. Manuel II, com saída em frente ao Museu Nacional de Soares dos Reis – projecto que foi "chumbado" pelo Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR).

No entanto, a autarquia prosseguiu com as obras, estando o prolongamento do túnel praticamente concluído. No início da semana, Rui Rio prometeu realizar em frente ao museu todos os arranjos urbanísticos que o Ministério da Cultura entender necessários, mas Isabel Pires de Lima garantiu que as propostas feitas pelo autarca não traziam nada de novo ao caso.