Governo considera "uma boa notícia" saída do Rali Dacar 2006 de Lisboa

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O Governo justifica o interesse no Rali Dacar com a afirmação internacional de Portugal e o impacto económico da prova EPA

"É uma boa notícia. O velho Rali Paris-Dacar é uma prova do maior prestígio internacional, onde, ainda por cima, alguns pilotos e equipas portuguesas se têm distinguido. E, assim, deve inserir-se num quadro de eventos desportivos internacionais que interessam a Portugal", disse Laurentino Dias à Lusa.

O governante justificou o interesse no Rali Dacar com a afirmação internacional de Portugal e o impacto económico da prova. "Pode contribuir não apenas para a afirmação do nosso país na Europa e no Mundo, como ser um factor importante de dinamização de uma área muito relevante da nossa Economia como é o Turismo", elaborou.

"Vamos, certamente, proceder, com a organização e o promotor dessa prova, aos estudos e análise do impacto económico da sua realização em Portugal, para avaliar com rigor a parceria e a participação pública nesse evento", acrescentou.

Laurentino Dias fez estas afirmações depois de o empresário e antigo tenista português João Lagos ter revelado que a partida do Rali Dacar2006 de Lisboa poderá representar um investimento entre quatro a cinco milhões de euros, montante que considera "insignificante".

Laurentino Dias, que espera falar com João Lagos "brevemente", sublinhou, no entanto, a necessidade de "ponderação" na afectação das verbas públicas. "No país que somos hoje, todas as verbas, pequenas ou grandes, têm de ser ponderadas. E a ponderação tem que ter em vista os custos e os benefícios, que neste caso ainda não foram estudados".

Segundo João Lagos, Roma e Barcelona são outras cidades candidatas ao início do Rali Dacar do próximo ano, mas a capital portuguesa é a preferida pelos organizadores.

Caso se confirme a escolha de Lisboa para o arranque do Dacar 2006, esta será a primeira vez que a maior prova do Mundo de todo-o-terreno tem início noutro país que não seja França ou Espanha.

O empresário adiantou que "o mais difícil" já está conquistado e que "os apoios públicos e privados vão surgir facilmente", porque o arranque da prova em Lisboa constitui "uma oportunidade única para a afirmação de Portugal no Mundo".