Porto: Suspeita de caso de febre de Marburgo "praticamente excluída"

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O vírus é da família do Ébola DR

"Dada a evolução clínica do paciente, está praticamente excluído o diagnóstico de febre hemorrágica", disse o director do Serviço de Infecto-Contagiosas do Hospital de S. João, Mota Miranda.

O responsável acautelou, contudo, que o diagnóstico final só será feito quando o serviço de Serviço de Infecto-Contagiosas tiver os resultados da pesquisa do vírus de Marburgo, o que deverá acontecer "a qualquer momento". "Se tudo der negativo, o doente terá alta ainda hoje ou amanhã", explicou.

Entre a partida deste homem de Angola e a sua entrada no S. João mediaram 18 ou 19 dias, quase no limite do horizonte temporal máximo para a incubação do vírus, que é de 21 dias, segundo Mota Miranda.

O responsável pelo Serviço de Infecto-Contagiosas acrescentou que o doente "está bem e sem febre", reiterando que a sua evolução clínica "não é compatível com a situação de febre hemorrágica". Ainda assim, o paciente mantém-se isolado, "tendo em conta a suspeita", frisou.

O homem regressou em Março de Angola, ficou com febre e com algumas queixas respiratórias na segunda-feira, sendo a quarta pessoa a entrar em Portugal com suspeitas de infecção pelo vírus de Marburgo.

Trata-se de um trabalhador que exerceu a sua actividade em duas províncias angolanas onde o vírus já provocou algumas mortes.

A febre hemorrágica já matou 210 pessoas em 231 casos notificados em Angola, segundo a Organização Mundial de Saúde.

A maioria das mortes ocorreu nas províncias angolanas de Uíge, Malange, Cabinda e Cuanza Norte e Sul.

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