Listas de espera nos hospitais escoadas pelo "cheque cirurgia"
O "cheque cirurgia" funciona como uma extensão do Serviço Nacional de Saúde, dando aos pacientes a opção de recorrer a entidades privadas ou do sector social com as quais haja acordo para realizar os cuidados médicos de que necessitam.
Com este cheque, os doentes recebem uma lista de cinco hospitais ou clínicas onde podem ser operados e que durante dois meses são responsáveis pelo acompanhamento pós-operatório, tudo pago na íntegra pelo Ministério da Saúde.
Segundo dados apurados junto das Administrações Regionais de Saúde (ARS), na região centro há 50 mil doentes à espera, cujo tempo médio será de 11 meses; e na região de Lisboa e Vale do Tejo há 59 mil pacientes em lista, para uma espera de 11 meses.
A Rádio Renascença indica que na região norte há apenas três hospitais que ainda não implementaram o SIGIC. Há 70 mil doentes inscritos na lista de espera nesta região e os primeiros "cheques cirurgia" poderão serão emitidos dentro de duas semanas.
Miguel Paiva, responsável pela gestão do novo programa na ARS Norte, indica que já recebeu propostas de 12 entidades do sector privado e social dispostas a operar os doentes em espera.
A lista de espera anterior a 2002 já desapareceu dos hospitais portugueses. Graças ao "cheque cirurgia", criado pelo anterior ministro e que o actual titular da pasta, Correia de Campos, já garantiu que vai manter, serão atendidos a diferentes ritmos os pacientes em espera até que, em 2006, seja atingida a meta: uma espera média de seis meses.