A acção de protesto foi organizada pela Associação de Estudantes da Escola Secundária Alves Martins, a maior da cidade, mas contou também com alguns alunos das escolas Emídio Navarro e Viriato.

Carregando faixas com as inscrições "Estudantes exigem educação sexual já! Fim dos exames nacionais! Melhores condições nas escolas" e "Luta pelos teus direitos", os alunos concentraram-se no Rossio, em frente à Câmara Municipal de Viseu.

"Nós somos o futuro do país, eles [o Governo] têm de pensar em nós", ia dizendo um dos líderes da manifestação, apesar de por várias vezes ser silenciado pelo megafone, que constantemente falhava.

Entoando gritos de ordem como "Estudantes unidos jamais serão vencidos" e "Alunos para a rua, a luta continua", os manifestantes deslocaram-se para o Governo Civil, ocupando uma das faixas de rodagem da Avenida Alberto Sampaio, uma das mais importantes da cidade. Aí chegados, assobiaram ao Governo e defenderam que "novas ambições, só com condições".

Gustavo Brás, da Associação de Estudantes da Secundária Alves Martins, disse aos jornalistas que no caso da sua escola "as condições não são as melhores", exemplificando com os balneários, "que não têm condições sanitárias".

Por considerar que todas as escolas da cidade se deviam empenhar por exigir ao Governo outras condições e políticas de educação mais justas, o dirigente associativo lamentou que as outras duas associações de estudantes da cidade não tenham colaborado na organização da manifestação de hoje, ainda que isso não tenha impedido alguns dos seus alunos de comparecer.

"Há pequenos desacatos já antigos entre escolas, rivalidades, e também questões políticas", justificou.

A aplicação da Lei de Educação Sexual e Planeamento Familiar, a revogação da Revisão Curricular, a não aplicação da Nova Lei de Bases da Educação e o fim dos exames nacionais do 9º ano são algumas das reivindicações dos estudantes.