Lisboa: oposição vai criticar taxa de execução da Câmara

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A reunião de hoje servirá para debater o relatório de gestão e demonstrações financeiras da autarquia em 2004.

"O resultado da gestão da Câmara de Lisboa em 2004 foi o pior de que há memória", considera o vereador socialista Vasco Franco. Para a oposição, a taxa de execução (percentagem da obra realizada face ao que estava previsto) é a mais baixa de sempre, situando-se na ordem dos 35 por cento. "Este executivo não executou 65 por cento do que se tinha proposto", considera o PS.

O número é contestado pelo vereador das Finanças, Pedro Pinto, que afirma que os vereadores do PS e do PCP estão a referir-se à taxa de execução financeira (percentagem do que foi pago), garantindo que a taxa de execução real (obra que foi feita) é de 80 por cento.

"A interpretação da oposição é abusiva e é uma falácia que é cometida, porque dizem que só conta o que está pago, mas está tudo feito", sublinhou o vereador social-democrata. Por outro lado, "as despesas de funcionamento e com pessoal e o endividamento baixaram", o que traduz "a boa gestão deste executivo", considera.

A oposição promete ainda criticar as dívidas da autarquia, apesar de também aqui os números não coincidirem com os da maioria. De acordo com Vasco Franco, as dívidas a terceiros a curto prazo são de 225 milhões de euros, dos quais 211 milhões de euros dizem respeito a dívidas a fornecedores.

Já Pedro Pinto apresenta uma dívida superior, na ordem dos 253 milhões de euros, sendo a dívida a fornecedores de 107 milhões. "Somos acusados de ter uma dívida grande, e somos acusados de ter uma taxa de execução baixa. Escolham o que quiserem, mas só podem escolher um", ironizou.

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