Ministro da Saúde quer agravar taxas moderadoras nas falsas urgências
"O que interessa nas taxas moderadoras é moderar a procura. Se aparece um caso trivial numa urgência, mesmo em aparente necessidade, é explicado que não está numa situação emergente, [pelo que] se quiser ser assistido naquele dia paga uma taxa moderadora mais alta", afirmou o ministro em entrevista à Rádio Renascença.
Se o utente quiser ser assistido por uma taxa moderadora mínima "tem de esperar e no dia seguinte é atendido no centro de saúde da sua área", adiantou Correia de Campos.
O ministro classificou este mecanismo diferencial como "justo" e reorganizador da "procura dos cuidados de saúde".
A remuneração do pessoal nas unidades de saúde familiares que o Governo pretende criar nos centros de saúde vai ser feita em função dos doentes que assistem e dos actos praticados, adiantou.
"O famoso sistema dos clínicos gerais ingleses ou dos noruegueses ou dinamarqueses, que têm um excelente sistema de medicina familiar, funcionam assim: têm um vencimento base e têm depois uma parte proporcional ao número de utentes inscritos da sua lista e até uma outra parte proporcional ao número de actos que interessa promover, como a visita domiciliária a idosos", justificou Correia de Campos.