No final do Conselho de Ministros, o ministro da Saúde justificou a medida com o cumprimento do programa do Governo e com a sua posição contra a "lógica de supermercado" dos hospitais SA.

"Uma 'holding' [prevista pelo anterior Governo para gerir os hospitais SA] é a negação da descentralização e é contrária à Constituição", afirmou.

O modelo empresarial dos hospitais SA vai, contudo, ser aproveitado pelo Executivo, que enaltece a sua eficiência a nível da descentralização, de uma maior responsabilização e maior autonomia.

"O que se pretende é beneficiar das vantagens do estatuto empresarial e manter a linha firme do Serviço Nacional de Saúde", adiantou.

Sobre os conselhos de administração destes hospitais, o ministro afirmou que uns serão reconduzidos e outros não, e garantiu que não cede a pressões nesse sentido.

O Governo aprovou ainda a criação de uma comissão para a avaliação externa das mudanças ocorridas e do estatuto do modelo económico dos 31 hospitais SA.