UEFA sem provas sobre contactos entre Mourinho e adjuntos

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O Chelsea venceu ontem o Bayern de Munique por 4-2 Matthias Schrader/EPA

A UEFA suspendeu José Mourinho por dois jogos, na sequência dos incidentes ocorridos no jogo da primeira mão dos oitavos-de-final, no estádio do FC Barcelona.

Mourinho não apareceu ontem em Stamford Brigdeno para assistir à vitória do clube londrino sobre o Bayern de Munique (4-2) e suspeita-se que tenha comunicado por telemóvel com os seus adjuntos.

A determinada altura do encontro, a televisão inglesa mostrou o preparador físico da equipa, Rui Faria, a ajustar o auricular - que estava escondido debaixo do seu gorro - e a falar com os dois adjuntos de Mourinho, Steve Clarke e Baltemar Brito.

Porém, Baltemar Brito negou ter conversado com Mourinho durante o jogo e o porta-voz do Chelsea informou que o técnico tinha assistido ao jogo pela televisão "num local calmo e tranquilo".

"Posso confirmar que a UEFA não tem qualquer informação sobre incidentes ocorridos durante o jogo. A versão divulgada pelo Chelsea está correcta", afirmou o porta-voz da UEFA, Frits Ahlstrom, adiantando que não vai ser instaurado qualquer processo ao treinador português.

A suspensão de Mourinho surgiu na sequência da derrota do Chelsea em Camp Nou, por 2-1, a 23 de Fevereiro, após a qual Mourinho acusou o seu hómologo da equipa catalã, o holandês Frank Rijkaard, de ter estado no balneário do árbitro sueco Anders Frisk durante o intervalo.

Frisk, que durante o jogo expulsou o avançado dos "blues" Didier Drogba, quando os ingleses ganhavam por 1-0, anunciou alguns dias depois o abandono da carreira, na sequência de ameaças de morte supostamente por parte de adeptos do Chelsea.

De acordo com o artigo 70º, segundo parágrafo, do regulamento disciplinar da UEFA, um treinador suspenso pode acompanhar o jogo apenas nas bancadas, não lhe sendo permitido estar no balneário, no túnel de acesso ao relvado ou na área técnica, nem contactar com a equipa.