Febre hemorrágica de Marburg


O que é

A febre hemorrágica de Marburgo é uma doença rara e mortal, em 25 a 80 por cento das situações. Tem um período médio de incubação de três a nove dias, podendo prolongar-se até 21

Como se transmite

Através do contacto directo, sem protecção, com:

- pessoa doente

- órgãos ou produtos biológicos (sangue, urina, fezes, sémen, etc.) de uma pessoa ou animal infectados com o vírus de Marburgo

- qualquer material ou objectos utilizados no tratamento dos doentes

- cadáveres durante a sua preparação e cerimónias fúnebres

Como se manifesta

Os sintomas iniciais desta febre hemorrágica são: febre súbita, mal-estar, dores musculares e dores de cabeça, os quais são acompanhados por dor de garganta, erupção cutânea, diarreia líquida, dores abdominais, náuseas, vómitos e dores no peito. Cinco a sete dias após o início destes sintomas, uma elevada proporção de doentes pode apresentar perdas de sangue através do nariz ou gengivas, pele, tubo digestivo (vómitos e diarreia com sangue), pulmões, rins e genitais

O que fazer

Se esteve recentemente na província do Uíje deve vigiar o seu estado de saúde durante 21 dias após a estada. Se sentir, dentro desse período, os sintomas acima referidos, contacte a Linha Saúde Pública (808 211 311)

Fonte: Direcção-Geral da Saúde








Angola: vírus de Marburgo já fez 156 mortes

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A doença não tem cura e tem uma elevada taxa de mortalidade DR

Este novo balanço, relativo aos casos registados até ao final da tarde de ontem, representa um aumento de um morto e de seis casos relativamente aos dados do dia anterior.

A epidemia provocada pelo vírus de Marburgo está confinada à província do Uíje, onde foram infectados todos os doentes registados até ao momento.

Na sequência desta epidemia, o Parlamento angolano aprovou hoje, por maioria, uma resolução que recomenda ao Governo a adopção de medidas para combater a doença e evitar o seu alastramento.

A resolução, aprovada com 105 votos a favor, nenhum contra e três abstenções, foi votada no final de uma sessão especial da Assembleia Nacional. O documento, apresentado pelo deputado João Barradas, da bancada do MPLA, recorda que a doença "não tem tratamento específico", pelo que "recomenda ao Governo a adopção das medidas necessárias e a disponibilização dos meios financeiros e materiais necessários para debelar o mal o mais rapidamente possível".

Por outro lado, defende "a necessidade do recurso à cooperação médica internacional disponível" e recomenda ao Governo que "conceda maior atenção e apoio à investigação científica no domínio das ciências médicas, para prevenir situações como a deste flagelo".

Os três deputados que se abstiveram foram o líder da bancada da FNLA, Benjamim da Silva, o único deputado e líder do PAJOCA, Alexandre Sebastião, e a presidente do PLD, Anália Pereira.