"Verificou-se um elevado empenhamento dos parceiros sociais em procurar respostas para impulsionar o crescimento da economia portuguesa", disse Vieira da Silva no final das reuniões entre o primeiro-ministro, José Sócrates, e as confederações patronais, em São Bento, depois ter recebido a UGT e a CGTP-IN ontem.

"Houve áreas consensuais e outras em que isso não se identificou, mas todos os parceiros sociais querem que a prioridade política seja o crescimento económico", frisou.

Vieira da Silva adiantou que vai encontrar-se em breve com os parceiros sociais para definir a agenda da primeira reunião do Conselho Permanente de Concertação Social, tendo admitido que possa já ser discutida a revisão do Código de Trabalho.

Confrontado com a contestação da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) à intenção do Governo de rever o Código de Trabalho, Vieira da Silva referiu que o executivo "irá ouvir os parceiros sociais", mas advertiu que o executivo "cumprirá o seu programa".

Segundo Vieira da Silva, com o processo de revisão do Código de Trabalho pretende-se "aperfeiçoar" a legislação laboral e tornar as empresas mais modernas, salvaguardando-se os direitos dos trabalhadores".

"Estes princípios são perfeitamente compatíveis", disse, antes de considerar que "o Código de Trabalho não é o aspecto chave para o relançamento da economia do país".