Roma reforça segurança e prepara-se para enchente de peregrinos
Ao aeroporto de Fiumicino, que serve a cidade de Roma, e à estação ferroviária de Termini começaram já a chegar milhares de pessoas.
Os serviços ferroviários foram reforçados e há comboios especiais programados para dar resposta à procura dos peregrinos. Ontem, o tráfego de comboios tinha já aumentado 30 por cento. A Trenitalia, concessionária dos caminhos de ferro italianos, pôs mais 30 comboios nas linhas, o que representa mais 16 mil lugares.
A câmara municipal pôs mais autocarros nas ruas e está a assegurar um serviço especial de ligação às estações de comboios.
As preocupações em termos de segurança são vincadas pela presença anunciada de dezenas de chefes de Estado e líderes religiosos no Vaticano para o funeral do Papa João Paulo II. Entre os participantes estão o Presidente dos EUA, George W. Bush, o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, e o Presidente da República portuguesa, Jorge Sampaio.
O Ministério do Interior italiano mobilizou 6430 homens das forças de segurança para trabalhar em Roma durante esta semana e o Ministério dos Negócios Estrangeiros mantém uma célula de crise em funcionamento para assegurar protecção aos altos dignitários. Após a confirmação do dia do funeral do Papa, o tráfego aéreo em Roma será condicionado.
O presidente da Câmara de Roma, Walter Veltroni, está a braços com uma enorme tarefa de gestão que comparou ao Jubileu de 2000, quando 30 milhões de peregrinos encheram as ruas da capital italiana ao longo de 12 meses.
Para acolher os peregrinos, estão a erguer-se tendas em vários locais chave da cidade, como o Estádio Olímpico e o Circo Massimo. À volta da Praça de São Pedro, no Vaticano, serão montados postos de assistência aos peregrinos com água e assitência médica, bem como casas de banho.