Greenpeace: monocascos continuam a atravessar estreito de Gibraltar

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A Greenpeace enviou para as águas da Bahía de Algeciras o Arctic Sunrise e vários zodiacs Peter Parks/AFP

Amanhã entra em vigor uma nova regulamentação da Organização Marítima Internacional (OMI) para a eliminação de petroleiros de casco único entre 2005 e 2010. Nesta situação estão 1700 dos 3500 navios da indústria petrolífera.

Para os controlar, a Greenpeace enviou para as águas da Bahía de Algeciras o seu navio "Arctic Sunrise" e vários "zodiacs".

"Foi preciso que tivessem ocorrido muitos acidentes para que esta lei entrasse em vigor a nível mundial. Tivemos que sofrer várias marés negras, com danos incalculáveis para o ambiente, para vencer a feroz resistência da indústria naval", declarou Sebastián Losada, responsável da campanha Oceanos da Greenpeace.

A organização adverte que a União Europeia "conseguiu acelerar a eliminação dos petroleiros monocascos mas não definiu medidas para garantir a eliminação limpa e segura destes barcos". A Greenpeace pede à UE que apresente uma lista definitiva dos petroleiros de casco único abrangidos pela legislação que entra amanhã em vigor e que os ministros europeus dos Transportes garantam que a carga tóxica destes navios não termine em praias asiáticas.

A campanha que hoje começou faz parte de um movimento em várias partes do mundo onde se registe tráfego destes navios, como a Índia ou Coreia do Sul.

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