Mais de mil pessoas nos funerais do comandante da PSP e da sua mulher
Ambos dormiam num apartamento da sede do comando da PSP de Viseu quando, cerca das 07h00, ocorreu uma explosão, supostamente provocada por pólvora que tinha sido apreendida um dia antes na zona de Lamego e que estava num gabinete de trabalho da equipa de inactivação de explosivos, numa zona contígua.
Em Farminhão, onde o casal foi enterrado e terra natal do subcomissário Fernando Matos, de 37 anos, o ambiente era de consternação.
A igreja e o seu largo foram pequenos para acolher as muitas pessoas que se deslocaram àquela aldeia do concelho de Viseu, onde no percurso entre a igreja e o cemitério sobressaiu o azul das fardas das várias forças policiais de vários pontos do país.
Estiveram presentes o secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna, José Magalhães, e o director nacional adjunto da PSP, Coelho Lima, mas ambos se recusaram a prestar declarações aos jornalistas.
Também o presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), Alberto Torres, se recusou a falar aos jornalistas, mas remeteu declarações para mais tarde, em Viseu, depois de uma visita às instalações da PSP.
Também participaram na cerimónia o presidente da Câmara Municipal de Viseu e da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Fernando Ruas, bombeiros e vários funcionários judiciais.
A mulher de Fernando Matos, Anabela Cruz, de 35 anos, natural de Várzea, Torredeita (Viseu), era funcionária do Tribunal de Loures.
Fernando Matos era comandante da esquadra local de Viseu há cerca de dois anos e meio, tendo anteriormente exercido o mesmo cargo na esquadra de Lamego.
O casal dormia no apartamento juntamente com dois filhos menores, mas o quarto destes não foi afectado pela explosão. As crianças encontram-se entregues a familiares.