Entre os 40 autores que irão estar na feira (14 pela primeira vez), estão José Pacheco Pereira, Mário de Carvalho, Baptista-Bastos, Mega Ferreira e Fernando Dacosta. Ao contrário do que é habitual, desta vez José Saramago está ausente.

Até 17 de Abril, esperam-se 50 mil pessoas.

A feira deste ano é a maior de sempre - mais de 120 mil euros de orçamento, suportados pela Câmara de Braga e por mecenas. "Perguntar-me-ei, de novo, quais os motivos de uma tão acentuada e inaceitável assimetria de tratamento entre a Feira do Livro de Braga e as suas congéneres de Lisboa e do Porto", protesta o escritor José Manuel Mendes, responsável desde o início (esta é a 14ª edição) pelo programa cultural da feira. Há anos presidente da Associação Portuguesa de Escritores, Mendes queixa-se do "corte de um subsídio indispensável e justo" à feira pelo anterior Governo.

O Instituto Português do Livro e das Bibliotecas (IPLB) diz, porém, que a acusação não faz sentido. "Isso não é verdade", disse ontem Rui Pereira, director do instituto. "O IPLB não dá um cêntimo nem à Feira do Livro de Lisboa nem à do Porto nem a qualquer outra feira do país - no ano passado houve 94." As feiras de editores, diz Pereira, "comprometem o esforço de criação de livrarias em concelhos, que nós consideramos mais importante pelo seu carácter permanente."

A feira de Braga deste ano cresceu mais de 20 por cento em número de expositores (tem 223, quase 30 estrangeiros), que ocupam o dobro da área em relação ao ano passado, diz Jorge Cruz, administrador do Parque de Exposições de Braga, onde o evento decorre.

Há vários jornalistas a lançar os seus próprios livros e em painéis de debates - Baptista-Bastos, José Rodrigues dos Santos, José Viale Moutinho, Manuel António Pina, Manuel Jorge Marmelo, entre outros. E há ainda uma sessão sobre as relações entre jornalismo, ficção e teoria da comunicação, com Cáceres Monteiro, Joaquim Fidalgo e Mário Augusto; e outra sobre os critérios das entrevistas, com Maria Augusta Silva, Adelino Gomes e Ana Sousa Dias.