Mães fundadoras: porta-bandeiras da liberdade

aparecimento de mulheres nas esferas política, económica, social e educacional é uma das forças mais potentes a contribuir para a transformação das sociedades no Médio Oriente e na Ásia Central. Afegãos e iraquianos arriscam as suas vidas para votar nas recentes eleições históricas nos seus países.Como resultado, as mulheres afegãs e iraquianas estão firmemente radicadas no parlamento, conselhos de governação local e no ramo executivo do Governo. As mulheres iraquianas ficaram com 31 por cento dos 275 assentos no novo parlamento eleito. As mulheres afegãs deverão conseguir um número significativo de vitórias nas próximas eleições legislativas do país. Ambos os países têm agora leis para garantir a representação feminina no parlamento.
Vamos ficar ao lado destas "mães fundadoras" das novas democracias no Afeganistão e no Iraque. Duas patriotas corajosas, a ministra afegã dos Assuntos das Mulheres, Massouda Jalal, e a ministra iraquiana dos Assuntos das Mulheres, Narmin Othman, serão convidadas do Departamento de Estado e em eventos da USAID relativos às celebrações do Dia das Mulheres em Washington D.C., a 8 de Março. Os Estados Unidos estão cientes de que, apesar do sucesso das eleições recentes, as populações do Afeganistão e do Iraque enfrentarão muitos desafios, e a futura participação e a tomada de poder das mulheres em todos os níveis da sociedade serão fundamentais para fazer avançar estas novas democracias.
O Presidente Bush disse: "O nosso objectivo... é ajudar os outros a encontrar a sua própria voz, conseguir a sua própria liberdade e traçar o seu próprio caminho." Os Estados Unidos estão a avançar com dinheiro para além das palavras.
Desde a queda dos taliban em 2001 que os Estados Unidos, com financiamentos governamentais e privados, têm desenvolvido mais de 200 projectos para que as mulheres afegãs vejam aumentada a sua participação política, construção da sociedade civil, criação de oportunidades económicas, apoio à formação de mulheres e raparigas, e garantia de maior acesso aos cuidados de saúde.
O Presidente Bush e o Presidente afegão Karzai deram maior ímpeto a este esforço quando criaram a US-Afghan Women"s Council [USAWC, conselho americano-afegão de mulheres] há mais de três anos. Desde então, o conselho tem promovido as parcerias entre as instituições americanas e afegãs e mobilizado recursos do sector privado para ajudar as mulheres afegãs.
Desde a queda de Saddam Hussein em 2003, os EUA têm feito um esforço semelhante para ajudar as mulheres iraquianas na política, economia, educação, saúde, direitos humanos e outras áreas com 10 milhões de dólares do Iraqi Women"s Democracy Initiative. Como parceiros na procura da liberdade, os EUA continuarão a apoiar estas mulheres à medida que avançam na construção de sociedades democráticas, pacíficas e prósperas.
O que os EUA estão a fazer intensivamente pelas mulheres no Iraque e Afeganistão, estão a fazer também no Médio Oriente, através das iniciativas Médio Oriente Alargado e Norte de África, e da Parceria do Médio Oriente, tanto com o G8 como bilateralmente. Ambas as iniciativas reconhecem o papel crítico da mulher na reforma política, económica e social.
As mulheres do Iraque e Afeganistão estão a encontrar as suas próprias vozes e estão a ser ouvidas em todo o mundo. A escritora americana Zora Neale Hurston observou: "Quando se desperta o pensamento numa pessoa, não podemos voltar a adormecê-la." As eleições no Iraque e no Afeganistão despertaram em milhões de pessoas no Médio Oriente o pensamento de que a democracia está ao seu alcance e que as mulheres vão desempenhar um papel fundamental na conquista dessa democracia. Este é um bom pensamento no qual se apoiar quando se celebra o Dia Internacional da Mulher, a 8 de Março de 2005. Encarregada de Negócios da embaixada dos EUA em Portugal

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