Sede da EPUL na "Praça de Entrecampos" terá 51 metros de altura

Novidade ficou por dar na apresentação do empreendimento, que terá edifício com dobro da altura habitualmente permitida no PDM

O edifício que irá ser a sede da Empresa Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL) e da Ambelis, no empreendimento "Praça de Entrecampos", a erguer na Av. das Forças Armadas, vai ter 51 metros de altura, dimensão que a vereadora do urbanismo, Eduarda Napoleão, afirma ser permitida no plano director municipal.Eduarda Napoleão diz que o edifício "será como um obelisco e terá uma área de implantação muito reduzida, o que tem a ver com a praça onde está inserido". E sustenta que "a altura de 51 metros pode ser permitida, em termos de licenciamento, desde que o edifício seja uma mais-valia arquitectónica e urbanística".
"Isso está justificado no processo e é previsto no plano de urbanização da "Praça de Entrecampos"", acrescenta Eduarda Napoleão, segundo a qual tal é legalmente possível se se articularem dois artigos do PDM. O artigo 75 diz que "poderão excepcionalmente, por deliberação da câmara municipal, serem autorizadas obras novas com mudança de uso, quando as mesmas forem consideradas de interesse urbanístico, social ou económico e desde que não seja posta em causa a reestruturação urbanística da área, devendo a obra ou os novos usos ser compatíveis com a categoria do espaço onde se localizam".
Já o artigo 76 diz que nas "áreas de reconversão urbanística de usos mistos, os planos de urbanização e de pormenor têm de se conformar com as seguintes condições: a cércea de referência é de 25 metros, devendo as propostas de soluções arquitectónicas que ultrapassem esta cércea ser devidamente justificadas no âmbito do plano".
O empreendimento "Praça de Entrecampos", projecto do "atelier" Promontório Arquitectos que começará a ser construído este ano na zona do antigo mercado do Rego, foi apresentado na semana passada, numa cerimónia que contou com a presença do presidente da câmara. Mas, na altura, nada foi referido quanto à altura do edifício que servirá de sede da EPUL, instalada num edifício do Sporting, que recebe de renda mensal 50 mil euros.
O director responsável pelo projecto, António Lino, disse não dispor ainda de qualquer imagem do edifício-obelisco. Ele não surge, aliás, nas imagens divulgadas sobre o empreendimento, "porque está ainda a ser trabalhado pela Promontório". O projecto inclui a construção de 700 fogos destinados a habitação, além de áreas de comércio e escritórios, em construções que se desenvolvem em torno de uma grande praça, na qual marcará presença um outro edifício, esse baixo, o futuro centro de arte contemporânea que já dá pelo nome de Lisboa Arte Fórum.

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