Os Tempos que Mudam

É um filme que tem sobretudo uma ideia de "casting": reunir Deneuve e Depardieu mais de quinze anos depois da última vez em que estiveram juntos (o "Drole d''Endroit pour un Rencontre" de François Dupeyron). Já dá uma ideia a mais do que o tem sido costume no Téchiné recente (até porque esse tempo, o tempo há que Deneuve e Depardieu andam "nisto", é integrado no filme como expressão dos "tempos que mudam"). E é uma ideia que se cumpre razoavelmente bem durante dois terços do filme, mesmo que ao pé dela coexistam uma série de tramas paralelas que causam demasiada dispersão. O final parece apressado e Téchiné ainda não foi desta que recuperou a meticulosa concisão narrativa dos seus melhores filmes. Mas é o menos desapontante dos seus últimos trabalhos.<p/>

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