Dez anos de prisão para instigador dos abusos na prisão de Abu Ghraib

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A defesa de Graner afirmou que o soldado apenas estava a obedecer a ordens AP

O soldado norte-americano Charles Graner, considerado culpado por um tribunal militar do Texas por maus tratos infligidos a prisioneiros da prisão iraquiana de Abu Ghraib, foi condenado hoje a dez anos de prisão e à expulsão do exército americano.

Os dez oficiais que compõem o júri do tribunal militar reconheceram Grane como culpado de conspirar com outros soldados maus tratos a prisioneiros, de incapacidade de proteger os prisioneiros contra abusos, actos de crueldade, agressão e actos de indecência. Graner, de 36 anos, reservista de Uniontown, declarou-se sempre inocente destas acusações, que chocaram a comunidade internacional, quando fotografias de tortura e humilhação sexual de presos no Iraque foram tornadas públicas.

No tribunal militar do Texas, a defesa de Graner afirmou que o soldado apenas estava a obedecer a ordens. A acusação descreveu-o como um homem “depravado” que humilhava os detidos para seu próprio prazer.

O acusado expressou hoje os seus remorsos, pela primeira vez em todo o processo.

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