Morreu o antigo deputado comunista Blanqui Teixeira

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Carlos Carvalhas considerou Blanqui Teixeira "um homem de grande seriedade, humanidade e generosidade" PUBLICO.PT

Fernando Blanqui Teixeira, antigo deputado comunista da Assembleia Constituinte, morreu hoje aos 82 anos, anunciou hoje o secretariado do PCP.

Blanqui Teixeira entrou no Partido Comunista em 1944, militando na Federação das Juventudes Comunistas em 1944 e 1945. Em 1951 integrou a direcção regional de Lisboa e subiu ao Comité Central um ano depois, onde permaneceu até 2000.

Em comunicado, o PCP já manifestou um "profundo pesar" pela morte de Blanqui Teixeira e destacou que o antigo deputado "dedicou toda a sua vida à causa dos trabalhadores, da democracia e do socialismo".

Carlos Carvalhas, secretário-geral do PCP, destacou também as qualidades humanas do antigo dirigente.

"Era um homem de grande seriedade, humanidade e generosidade. Um grande lutador. Um democrata e revolucionário que pagou com a prisão a luta pelas suas convicções e ideais", assinalou.

Em 1957, Blanqui Teixeira foi preso, mas conseguiu fugir no ano seguinte, aproveitando uma deslocação ao Hospital de São José. Em 1963, foi preso novamente e solto em 1971, "na sequência de uma importante campanha pela sua libertação", refere o comunicado do Partido Comunista.

Ao serviço do partido, o antigo deputado do PCP também foi membro da Comissão Política entre 1976 e 1988, do Secretariado entre 1979 e 1996 e da comissão central de controlo entre 1996 e 2000, altura em que abandonou os órgãos de direcção central.

Blanqui Teixeira, que integrava actualmente os órgãos executivos da concelhia do Barreiro, foi eleito deputado à Assembleia Constituinte, tendo sido substituído no mandato seguinte por Vital Moreira.

Antes do 25 de Abril de 1974, Blanqui Teixeira sofreu várias perseguições políticas, tendo sido afastado da direcção da Associação de Estudantes do Instituto Superior Técnico, onde estudou Engenharia Química.

Engenheiro químico de formação, o antigo dirigente comunista dirigiu a revista do PCP "O Militante" entre 1975 e 2000.

O seu funeral realiza-se domingo, pelas 11h00, no cemitério do Alto de S. João, em Lisboa.

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