Resultados do concurso de professores devem ser conhecidos hoje
Os resultados vão poder ser consultados no "site" da Direcção-Geral dos Recursos Humanos da Educação, nas direcções regionais de Educação, escolas e via SMS para quem pediu o serviço de informação através do telemóvel.
Depois de sucessivos adiamentos, da divulgação de uma primeira lista provisória repleta de erros - que teve de ser retirada e que obrigou a que o sistema informático dos concursos fosse refeito - e de uma segunda seriação que motivou mais de 30 mil reclamações, o mais provável é que a polémica não pare por aqui.
Muitos candidatos que reclamaram da sua exclusão ou posição na lista provisória e que viram a sua pretensão indeferida interpuseram centenas de recursos hierárquicos que aguardam uma resposta do Ministério da Educação (ME). E oito dos doze providências cautelares de admissão a concurso que, com o apoio do Sindicato dos Professores do Norte, deram entrada em tribunais administrativos já foram deferidas. Ou seja, pelo menos nestes casos o ME é obrigado a, provisoriamente, reposicionar estes docentes.
Entretanto, levanta-se também a questão de saber se as notificações de indeferimento das reclamações enviadas pela Direcção-Geral dos Recursos Humanos já fora dos prazos previstos na lei são válidas.
Em comunicado divulgado ontem, a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) exige ao ME que dê orientações sobre onde se devem apresentar amanhã as "dezenas de milhar" de professores que ainda vão concorrer ao concurso de destacamento e afectação.
A Fenprof entende que não faz sentido os docentes comparecerem nas escolas onde deram aulas no ano passado porque podem não continuar nelas e porque seria "excessivamente penalizador para aqueles que trabalharam em localidades extremamente afastadas das suas residências, alguns nas regiões autónomas". Para evitar esta situação, a federação apela ao ministério para que dê "qualquer orientação sobre a apresentação dos professores que, por razões que lhes são alheias, no dia 1 de Setembro ainda desconhecerão a escola em que exercerão funções".