Braço armado do Hamas reivindica autoria de duplo atentado no sul de Israel
Uma fonte anónima afirmou que o duplo atentado foi perpetrado pelas Brigadas Ezzedine Al-Qassam para vingar as mortes de Ahmad Yassin e Abdelaziz Al-Rantissi, os dois chefes do Hamas assassinados por Israel em Março e Abril, e em solidariedade para com os prisioneiros palestinianos que estão em greve de fome.
A mesma fonte não identificou os dois autores dos atentados que provocaram duas explosões em autocarros que se encontravam na gare central de Beersheva. Além dos dois suicidas morreram doze pessoas e mais de 80 ficaram feridas.
O último atentado anti-israelita tinha sido perpetrado no dia 11 de Julho, quando uma explosão numa estação de autocarros em Telavive fez um morto. O ataque foi reivindicado pelas Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, grupo armado ligado à Fatah.
Sharon garante continuação da luta contra o terrorismoPouco depois do duplo atentado em Beersheva, o primeiro-ministro israelita, Ariel Sharon, garantiu que a luta contra o terrorismo não vai abrandar.
"Devemos combater o terrorismo", disse Sharon aos jornalistas. "Esta é a política do Governo, esta é a minha política", afirmou.
A Autoridade Palestiniana já veio a público condenar os atentados de hoje. Saëb Erakat, ministro palestiniano responsável pelas negociações com os israelitas, disse que a "Autoridade Palestiniana condena os atentados que visam civis, quer sejam israelitas ou palestinianos".
Erakat apelou ao quarteto internacional constituído pelos Estados Unidos, União Europeia, Rússia e ONU para que intervenham imediatamente.
"A paz e a segurança não serão instauradas graças aos muros, à colonização e aos assassinatos mas sim através de um processo de paz sério que leve ao fim da ocupação", considerou o responsável palestiniano.