Jornalistas árabes pedem libertação dos colegas franceses raptados no Iraque
"Enquanto jornalistas, denunciamos as agressões contra os jornalistas iraquianos e os correspondentes estrangeiros no Iraque", declarou em comunicado o secretário-geral da União dos Jornalistas Árabes, sedeada no Cairo, Salaheddine Hafez.
"Tal como denunciámos no passado que as forças de ocupação mataram e aterrorizaram deliberadamente os jornalistas para os impedir de trabalharem, denunciamos agora os grupos armados no Iraque que matam e tomam como reféns outros jornalistas", acrescenta o comunicado.
"Denunciamos o assassinato de um jornalista italiano há alguns dias e pedimos a rápida libertação dos jornalistas franceses sequestrados", diz o comunicado.
Por seu lado, o sindicato dos jornalistas egípcios denunciou "os raptos de reféns inocentes, qualquer que seja a sua nacionalidade".
Federação Internacional de Jornalistas pede a raptores que poupem a vida dos dois francesesTambém a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) lançou hoje um apelo ao grupo de raptores para que poupem a vida dos dois jornalistas.
"Estamos num momento crítico em que são necessários esforços diplomáticos para resolver a crise. Enquanto isso, apelamos aos que raptaram os nossos colegas para que dêem provas de humanismo", declarou Aidan White, secretário-geral da FIJ.
"A tomada de reféns civis e desarmados é intolerável", acrescentou em comunicado.
Christian Chesnot, das rádios públicas Radio France e Radio France Internationale (RFI), e Georges Malbrunot, do jornal "Figaro" e da RTL, desapareceram no Iraque a 20 de Agosto. Anteontem, a estação de televisão Al-Jazira mostrou um vídeo onde os jornalistas diziam que estavam reféns do Exército Islâmico no Iraque. Este grupo exige que a França anule a lei que proíbe o véu islâmico nas escolas públicas dentro de 48 horas, prazo que termina esta noite.
Hoje de manhã, o Governo francês garantiu que a lei "será aplicada", apesar do ultimato.