Proprietários do Gato Garfield processam supostos plagiadores chineses

O Tribunal Popular de Pequim iniciou ontem o processo interposto pela Paws contra as chinesas Beijiong Kewen Book Information Technology Co Ltd, Beijing Science and Culture Cambridge Co Ltd e Xiwang Publishing House, estas duas últimas accionistas da famosa loja on-line Dangdang.com.

A companhia norte-americana, que alega que a empresa Xiwang publicou livros do Garfield sem licença, pede uma compensação de 93 mil dólares (cerca de 77 mil euros), exige que a companhia destrua os livros já existentes e peça desculpas publicamente.

A defesa da companhia chinesa contrapõe que a Paws não é a verdadeira proprietária dos direitos do Garfield, mas sim a United Feature Syndicate, e acrescenta que o seu cliente já pagou à Paws 30 mil dólares (24,9 mil euros) em direitos de autor.

O defensor das outras duas companhias, Zhao Siying, disse que ambas compraram os livros à editora Xiwang, depois de comprovar que a publicação era legal.

As tiras de banda desenhada de Garfield, um gato de pêlo tigrado, egoísta, conhecido como o felino mais preguiçoso do mundo e devorador compulsivo de lasanhas, são publicadas em mais de 2600 jornais de todo o mundo, com mais de 260 milhões de leitores.

A agência Nova China indicou hoje que as apreensões nas alfândegas chinesas ligadas a violações de propriedade intelectual aumentaram 30 por cento por ano desde a entrada da China na Organização Mundial de Comércio (OMC) há três anos.

Segundo estudos realizados pelos peritos estrangeiros, pelo menos 70 por cento dos produtos contrafeitos no Mundo são fabricados na China.

Entre 1999 e 2003, as alfândegas chinesas apreenderam mais de 200 milhões de CD, VCD e DVD piratas e apresentaram queixas contra 214 suspeitos, indicou ainda a agência.