O anúncio foi feito por Luís Filipe Menezes, que referiu que, "independentemente de algumas divergências no passado", o telefonema que recebeu do ministro das Cidades e da Administração Local "pôs um ponto final nesta questão", pelo que a sua demissão já não se coloca.

O anterior ministro das Cidades, Arlindo Cunha, aprovou, antes de sair do Governo, 18 milhões de euros para o Polis de Gaia, verba que Menezes disse estar comprometida com obras já lançadas.

O autarca do PSD tinha ameaçado hoje demitir-se, juntamente com todo o seu executivo, caso se confirmasse o adiamento do Programa Polis no concelho de Vila Nova de Gaia. Em causa estavam as informações avançadas pela edição de hoje do "Diário Económico", que referiam a possibilidade de o Governo adiar para o IV Quadro Comunitário de Apoio o financiamento de projectos em 13 das 39 cidades abrangidas pelo Programa Polis, num montante global de 118,3 milhões de euros. Gaia era um dos concelhos referidos pelo jornal, juntamente com Chaves, Vila Real, Viana do Castelo, Vila do Conde, Gondomar, Aveiro, Viseu, Guarda, Covilhã, Coimbra, Leiria e Costa de Caparica.

Em reacção a essa hipótese, Menezes considerou que o eventual adiamento do Polis seria apenas "a gota de água de uma série de outros casos que têm discriminado a cidade", que tem sido de "perseguição inaceitável", enquanto a autarquia "tem sido permanentemente marginalizada". A título de exemplo, lembrou a "exclusão de Gaia da gestão do Metro do Porto", "isto quando a administração daquela empresa está incompleta, com um membro a menos".