GNR intima camionistas a terminar protesto contra aumento dos combustíveis

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"Uma patrulha da BT disse-me que tinha ordens superiores para acabar com isto e que tomaria outra atitude" se os manifestantes não acatassem essa instrução, contou o camionista Alexandre Garcia, sócio-gerente de uma empresa transportadora da Guarda que possui uma frota de 60 viaturas pesadas.

De acordo com a mesma fonte, um agente da BT subiu aos estribos do seu camião, na zona da Anadia, advertindo os transportadores de que "não podem" manter a circulação a uma velocidade média de 40 quilómetros por hora. "Se um tractor agrícola pode circular a 15 quilómetros por hora, por que é que nós não podemos andar a 40?", questionou Alexandre Garcia.

"Respondemos que tínhamos que regressar a casa", no interior do país, através do IC2 e depois do IP3, afirmou Alexandre Garcia, que adiantou que a viagem continuará a ser feita em marcha lenta.

Segundo o camionista, a marcha integra um grupo entre 40 a 50 viaturas. Alexandre Garcia adiantou que, já no IP3, o seu grupo vai encontrar-se com outros camionistas, dos quais se tinha separado à hora do almoço, em Albergaria-a-Velha.

Chegados à ligação do IC2 com o IP3, a norte de Coimbra, os camionistas seguem para Viseu e Guarda, através deste itinerário principal, de regresso aos concelhos de origem. Fonte da BT de Coimbra disse à Lusa, às 16h00, que a situação está calma e que não há registo de incidentes.

A marcha de protesto, denominada "Operação Caracol", partiu da Guarda de manhã e percorreu o IP5 a uma velocidade de 40 quilómetros por hora, até Albergaria-a-Velha, rumando depois para sul, pelo IC2, e para este, através do IP3. Fonte da Lusoscut, concessionária do IP5, disse que a fila de camiões chegou a ter cerca de sete quilómetros, o criou dificuldades de circulação no sentido Viseu/Aveiro, em especial nas zonas de uma só via.

Os camionistas admitiram adoptar em breve outras formas de protesto, encarando a possibilidade de realizar uma marcha lenta até Lisboa, caso o preço do gasóleo continue a registar subidas. A acção conta com a adesão de vários transportadores rodoviários dos distritos da Guarda e Viseu.

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