"Doping": Índia demite treinadores de halterofilismo

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As imagens de Kumari mostram os possíveis efeitos secundários dos anabolisantes AP

"O Governo rescindiu, com efeito imediato, os contratos de Leonid Taranenko e Pal Singh Sandhu. Perdemos a confiança nos dois treinadores devido aos incidentes com dopagem", afirmou o ministro do Desporto, mostrando assim o desagrado do Executivo indiano relativamente aos testes positivos de Pratima Kumari (anabolisante) e Sanamacha Chanu (diurético).

Estes dois casos foram marcados por muita polémica. A imprensa nacional colocou em causa a seriedade dos oficiais indianos e dos responsáveis pelo laboratório antidopagem de Nova Deli, pelo facto de, dias antes do controlo fatal, Kumari ter-se submetido a um teste na Índia que nada acusou. Para além disso, a Federação Internacional de Halterofilismo (FIH) já tinha avisado número de casos de dopagem envolvendo indianos era demasiado elevada.

Os treinadores acabaram por ser sacrificados porque Kumari disse ao canal televisivo Zee TV que foi treinar para a Bielorrússia e que Pal Singh Sandhu e um técnico russo a acompanharam a um médico, que lhe injectou uma substância para acabar com as dores nas costas. “Não sei que o que estava naquelas injecções. Deram-me dez. Eles disseram-me que era para aliviar as dores nas costas, mas não senti quaisquer melhoras. No entanto, dias depois o meu corpo encheu-se de erupções cutâneas, que ainda não desapareceram”, explicou Kumari. “Em Atenas, não tive ajuda de ninguém. O treinador Snadhu disse-me: ‘não te posso ajudar. Tens de lutar sozinha’. Como é que ele me pode fazer isto. Ele treinou-me e até decidia o que eu poderia ou não comer”, vincou a halterofilista, cujas imagens na Zee TV são evidentes as erupções cutâneas na cara, efeito secundário muito comum quando alguém injecta esteróides anabolisantes em grandes quantidades.

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