"Leões" de Peseiro tímidos vencem Chievo na apresentação

Na apresentação do plantel, o capitão Pedro Barbosa e o novo treinador, José Peseiro, citaram o lema sportinguista "esforço, dedicação, devoção e glória", mas a sua tradução dentro de campo foi rara.

Os espectadores foram preferindo dizer adeus e rever-se nos ecrãs do estádio a olharem para o penoso espectáculo que lhes era proporcionado no rectângulo de jogo.

Até que o "reforço" chileno Pinilla, no segundo minuto da segunda parte, trabalhou bem a bola no interior da área contrária, rompeu a defesa da equipa de Verona e endossou-a a Liedson, no segundo poste.

À segunda tentativa, o brasileiro desfeiteou o guardião dos nonos classificados do último campeonato italiano e fez o 1-0 final, que poupou a turma "verde-e-branca a uma vaia de despedida.

Peseiro apresentou um esquema em 4-4-2, com o losango do meio- campo formado por Custódio, atrasado, Tinga, à direita, Hugo Viana, na esquerda, e Pedro Barbosa, mais adiantado, servindo os avançados Douala e Liedson, face ao 4-4-2 de três linhas bem definidas de Mario Beretta, o sucessor no Chievo do ex-treinador do FC Porto, Del Neri.

O primeiro remate dos da casa surgiu aos 12 minutos, de muito longe e ao lado, por Hugo Viana, seguido de Pedro Barbosa, à baliza, mas fraco.

Nesse breve "assomo", os "leões" ainda gozaram de uma boa oportunidade: servido pelo capitão Pedro Barbosa, Liedson apareceu na diagonal direita da grande área italiana, fintou um adversário e rematou de pronto, mas Marchegiani opôs-se com uma defesa apertada.

O Chievo, trabalhador, foi dono dos primeiros 10 minutos, embora sem assustar. Mas, na resposta ao "tiro" de Liedson, Baronio fez Ricardo largar uma bola, aos 15 minutos, rematada a mais de 30 metros, repetindo a acção aos 38.

Imediatamente antes, havia sido Cossato, pressionado por Hugo, a chegar-se à frente do guardião leonino, mas o internacional português foi ao seu encontro e arrojou-se, sustendo o remate rasteiro.

A partida foi seguindo em toada morna, com Barbosa e Viana a defenderem de quando em vez, provocando um esforço redobrado a Tinga e Custódio - dos elementos mais acertados -, que assim tiveram que trabalhar por quatro.

Hugo e Polga, mais atrás, foram resolvendo os problemas levantados por Semioli, muito activo na direita, e pelos pontas-de- lança Cossato e Pellissier.

O outro, raro, momento "alto" registado na partida foi a entrada em campo, aos 75 minutos, do italiano De Franceschi, campeão em 1999/2000 pelo Sporting, saudado pelos cerca de 30.000 adeptos, a uma semana da estreia oficial dos "leões" - a 28 de Agosto, em casa, frente ao Gil Vicente, na primeira jornada da Superliga.

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