PS: Sócrates promete lutar pela maioria absoluta

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Sócrates diz que falar de alianças poderia enfraquecer objectivo da maioria absoluta Manuel de Almeida/Lusa

Falar de hipotéticas alianças com outros partidos “era sinal de que não acreditamos" na maioria absoluta, afirmou Sócrates, em resposta a Manuel Alegre, que já admitiu entendimentos pós-eleitorais à esquerda.

Sócrates, que foi ao Porto falar das principais linhas da moção ao congresso (que irá revelar na íntegra quando formalizar a sua candidatura, no próximo dia 25) aproveitou para responder às críticas que lhe são feitas pela ala mais à esquerda do partido.

O candidato recusou um PS que "proclama princípios para encantar os seus militantes", dizendo preferir um partido "que tem a ambição de ganhar o país" e que deseja "responder melhor aos problemas concretos" dos portugueses. Da mesma forma, afirmou que “os que vêem riscos de descaracterização do PS sonham com fantasmas”.

Além de ambicionar levar o PS à maioria absoluta nas legislativas, Sócrates traçou como metas eleitorais do partido a vitória nas regionais dos Açores e o reforço da votação na Madeira. Quanto às autárquicas, o candidato defendeu que o PS deverá apresentar-se sozinho, admitindo apenas coligações em “circunstâncias muito especiais”.

Na moção que vai apresentar aos congressistas, Sócrates traça alguma das suas propostas de governação, tais como a necessidade de desligar o financiamento das autarquias das licenças de construção. Na mesma perspectiva, defende a aposta na requalificação do património edificado em alternativa às novas construções.

A nível económico, Sócrates defende a criação de um modelo social europeu semelhante ao particado nos países nórdicos, em contraponto com o modelo neo-liberal. "Queremos uma economia forte mas, ao mesmo tempo, um elevado nível de protecção social", explicou, sublinhando que a concretização desse objectivo passa por uma aposta forte no conhecimento e na tecnologia.

"O rigor orçamental é fundamental, evitando novos problemas, mas não resolve os problemas estruturais", acrescentou, sustentando que Portugal deve aspirar a uma convergência com a Europa não só na economia, mas também na qualidade de vida.