UE quer revogar colocação de rótulos sobre nível de flúor nas garrafas de água
Desde Julho, em Portugal e nos restantes países da UE, as empresas do sector são obrigadas a colocar nos rótulos das garrafas uma menção "claramente visível" quando a concentração em flúor é superior a 1,5 miligramas por litro.
Uma responsável da Direcção-Geral da Fiscalização e Controlo da Qualidade Alimentar (DGFCQA) explicou à Lusa que na última reunião do Comité da Cadeia Alimentar da UE, alguns Estados-membros concordaram com a revogação desta lei até que a Comissão Europeia (CE) defina um método, igual para todos os países, de tratamento para diminuir os níveis de flúor na água.
"Em Portugal não existem problemas com águas minerais com muito flúor", disse a mesma responsável da DGFCQA.
Algumas grávidas entrevistas pela Lusa admitiram desconhecer esta nova regulamentação, bem como os efeitos nocivos do flúor quando ingerido em excesso.
Sílvia Pinho, grávida de seis meses, disse que nunca reparou nos rótulos da água e que não sabia que "havia problema com o flúor".
"Nunca olho para os rótulos porque confio nas marcas", acrescentou, manifestando-se preocupada com a informação de que o flúor pode ser prejudicial.
A mesma opinião tem Patrícia Oliveira, grávida há quatro meses, que adianta que nunca presta atenção aos componentes da água.
Contactado pela Lusa, o presidente da Associação de Médicos de Saúde Pública, Mário Durval, explicou que o flúor consumido em excesso pode ser prejudicial, nomeadamente para os dentes.
"Tudo o que é demais faz mal. Passa-se o mesmo com o flúor", disse.