Câmara de Caminha culpa obras do IC1 de turvar águas do Âncora

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Os resultados diários, de acordo com a delegada de saúde de Caminha, permitem manter o abastecimento normal de água DR

A água voltou ontem a registar a mesma turvação e aspecto lamacento que levou, na semana passada, a câmara e a delegação de saúde local a interditarem a água da rede pública para consumo humano durante cinco dias. O fenómeno, relacionado com as fortes chuvas sentidas nos últimos dias na região e com a possibilidade de poderem não ter sido acauteladas as medidas preventivas nas obras de terraplanagem da construção do IC1, não implica nova interdição porque as autoridades estão a monitorizar diariamente os parâmetros bacteriológicos da água.

As chuvas da noite de segunda-feira, aliadas à subida do caudal do rio, formaram novamente uma turvação anormal nas águas onde está colocada a captação para abastecimento público da empresa Águas do Minho e Lima. Ainda assim, a autarquia de Júlia Paula Costa considera que, embora semelhante, as consequências são, "por enquanto, muito diferentes". Em comunicado, a autarca salienta que estão a ser feitas diariamente análises à água "através de uma monitorização apertada a todos os parâmetros que, assim, são constantemente actualizados, não se justificando proceder à interdição do consumo".

Os resultados diários, de acordo com a delegada de saúde de Caminha, permitem manter o abastecimento normal de água mas, ainda assim, e juntamente com a Águas do Minho e Lima, a autarquia está a introduzir na rede de abastecimento público água potável para diminuir a entrada na rede de água do Âncora para abastecer Vila Praia de Âncora, Riba de Âncora, Vile e Âncora, as freguesias que estiveram privadas do consumo de água durante cinco dias. Na altura, recorde-se, a autarca anunciou que foi apresentada uma queixa-crime junto do Ministério Público e feita uma fiscalização por parte da Inspecção-Geral do Ambiente para apurar as causas do fenómeno que, ao que tudo aponta, estarão relacionadas com as obras do IC1.

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