Câmara da Mealhada acusa empresa de provocar poluição atmosférica junto ao Luso

Segundo a autarquia, a poluição atmosférica afecta a população da Lameira de Santa Eufémia, onde se situa a unidade fabril em causa, chegando mesmo até à Vila Termal do Luso.

Numa nota hoje divulgada, a Câmara da Mealhada refere que, apesar das reclamações que tem vindo a fazer junto das entidades competentes relativamente à poluição na Lameira de Santa Eufémia, na freguesia do Luso, "a empresa em causa continua a não cumprir as condições impostas pela Direcção Regional de Economia do Centro, no que respeita, quer à emissão de poluentes atmosféricos, quer ao auto-controlo das emissões gasosas".

O executivo municipal acusa a empresa de refinação de óleos e gorduras Alcides Branco e Companhia de não ter regularizado a situação, apesar de a Direcção Regional de Economia do Centro lhe ter fixado um prazo até 31 de Julho para pôr em prática um conjunto de medidas com esse objectivo.

Perante a persistência da poluição, a câmara adianta ter já oficiado ao Director Regional de Economia do Centro, "dando conta que a empresa continua a emitir poluentes atmosféricos e solicitando que sejam de imediato exercidos os procedimentos previstos na lei e as providências necessárias, no sentido de eliminar os riscos e inconvenientes" para pessoas, bens e ambiente.

De acordo com informação técnica recolhida pela Divisão de Gestão Urbanística da autarquia, "expirado o prazo concedido, a quantidade e o tipo de emissões gasosas para a atmosfera mantêm-se, bem como os odores provenientes da armazenagem de bagaço", pelo que os técnicos camarários concluem ser impossível estarem a ser respeitados os valores limite estabelecidos na legislação.

A Lusa tentou contactar a empresa visada, mas até ao momento não foi possível obter uma reacção à denúncia feita pelos responsáveis municipais.

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