Num texto de opinião hoje publicado no jornal francês "Le Monde", o chefe de Estado português defende que a integração dos dez novos membros, concretizada a 1 de Maio deste ano, deve ser uma "prioridade", porque um fracasso "provocaria o desabar da construção europeia enquanto projecto de paz, de estabilidade, de prosperidade partilhada e de desenvolvimento sustentável".

Por outro lado, Sampaio entende que "o aprofundamento político da União não acabará com a adopção de uma nova Constituição". "Simbolizando o início de um novo ciclo na construção europeia, o tratado oferecerá aos europeus uma visão de futuro e de desenho político propondo respostas adequadas aos desafios que lança o mundo contemporâneo", escreveu, destacando o aprofundamento de políticas comuns de justiça e o reforço de uma política externa e de defesa comum.

No texto, intitulado "A votação da Constituição deve selar uma nova Europa", Jorge Sampaio reconhece que "não há dúvida que a adopção do tratado constitucional representa um evento irreversível". "Ou agarramos o nosso futuro com a mão ou recuaremos na História", garante, acrescentando: "Devemos agora bater-nos pela sua ratificação".