Novo sistema de recolha de sangue na Covilhã acaba com deslocações a Coimbra

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Através do concentrado de plaquetas é possível obter, com um dador, a quantidade de plaquetas suficientes para um doente Paulo PImenta/PÚBLICO

Segundo Miguel Castelo Branco, o método agora disponível permite a colheita de plaquetas, um dos componentes do sangue humano, que antes o CHCB só obtinha junto do Instituto Português do Sangue (IPS), em Coimbra.

Em causa está o facto de as plaquetas terem uma vida útil relativamente curta quando armazenadas.

"Enquanto que os glóbulos vermelhos podem durar quatro meses, as plaquetas, ao fim de alguns dias, perdem a sua eficácia", explicou Miguel Castelo Branco.

"Para obtermos plaquetas frescas, tínhamos de realizar várias viagens semanais a Coimbra, por vezes com dificuldades em consegui-las", disse Miguel Castelo Branco, acrescentando que "o impacto em termos de custos era enorme e havia transtornos para os serviços do hospital e para os doentes".

Actualmente, o CHCB obtém o seu próprio concentrado de plaquetas, "seguindo as normas internacionais e do IPS", realça Castelo Branco.

Em vez da colheita tradicional, o concentrado de plaquetas é obtido através do processo de aférese (separação de componentes).

A vantagem é que "com um só dador é possível obter a quantidade de plaquetas suficientes para um doente que esteja necessitado".

Se a recolha de sangue seguisse o método tradicional, "seriam necessários sete dadores para obter o concentrado necessário para um doente", acrescentou aquele responsável.

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