Estas alterações editoriais vêm preparar o caminho para o novo grafismo do título lisboeta, adiantou o director do jornal, Luís Osório. O novo grafismo, desenvolvido por Luís Osório e pelo director gráfico, Pedro Fernandes, estará nas bancas a 15 de Setembro, apresentando, segundo o responsável da direcção, uma imagem mais competitiva e mais cosmopolita.

"Basicamente esta é a última alteração prevista no plano que tracei quando há três meses assumi a direcção do jornal. Ao longo dos últimos meses, têm sido introduzidas várias alterações no jornal, todas elas tendo como barómetro a mudança gráfica", explicou.

A partir de hoje, os leitores de "A Capital" podem contar com uma secção autónoma de política, uma editoria ligada exclusivamente aos assuntos europeus e uma maior atenção aos temas diplomáticos. "Queremos ter maior capacidade de chegar a outro tipo de leitores com maior influência social e económica", acrescentou Osório.

Outra das novidades editoriais é o reforço do espaço reservado à opinião dentro do jornal — de duas páginas o diário passa a oferecer três páginas diárias e vai contar com novos colunistas.

Acompanhando estes reajustes editoriais, o jornal vai ampliar o seu número de páginas, fixando a média semanal entre as 48 e as 50 páginas. Esta regra será também aplicada aos números de fim-de-semana, com o jornal a apostar no lançamento, em finais de Setembro ou princípio de Outubro, de um suplemento de domingo com 32 páginas, que irá posteriormente transformar-se numa revista, adiantou o director. Este projecto vai implicar um reforço de equipa, estando prevista a contratação de cinco novos elementos.

"A Capital" protagonizou a maior descida do segmento dos jornais diários no primeiro trimestre de 2004, vendendo quase menos um terço (29,9 por cento) do que vendia nos primeiros três meses do ano passado, segundo os últimos dados divulgados pela Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragens.

O título, dirigido desde Maio passado por Luís Osório, passou de uma circulação paga de pouco mais de cinco mil exemplares para vendas médias de 3751 exemplares. Em relação aos últimos três meses de 2003, o título, detido desde 2001 pelo grupo editorial espanhol Prensa Ibérica, também não conseguiu travar o cenário negativo, apresentando um decréscimo de 34,5 por cento.