Criança ferida com gravidade na queda de uma baliza em Arcos de Valdevez

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De acordo com o comandante dos Bombeiros de Arcos de Valdevez, Mário Araújo, o acidente ocorreu cerca das 19h30, durante um jogo de futebol de salão num polidesportivo em Chã, na Loureda.

A criança foi atingida na cabeça por um dos ferros da baliza em circunstâncias que a mesma fonte não conseguiu detalhar.

A vítima foi depois conduzida para o Hospital de São Marcos, em Braga. Cerca das 21h35, a criança encontrava-se ainda na Unidade de Cuidados Intensivos da unidade hospitalar, em estado que "inspira cuidados", segundo fonte hospitalar em declarações à Lusa.

Entre Maio de 2001 e Julho de 2002, quatro jovens morreram vítimas de quedas de balizas, gerando polémica sobre a falta de fiscalização da segurança dos equipamentos por parte das autarquias, do então Instituto do Desporto e das escolas. Em 2003, mais uma morte em instalações para jovens trouxe a necessidade de regulamentação do sector dos campos de férias.

Tiago Pereira morreu a 14 de Maio de 2001, atingido por uma baliza da Escola Secundária de Rio Tinto, num período em que esta estava sob a alçada da Câmara de Gondomar.

A 11 de Junho de 2001, Marco Ferreira, de 16 anos, não sobreviveu à queda de uma baliza metálica quando brincava no Pavilhão Polidesportivo de Touginhó, em Vila do Conde.

No dia 2 de Julho de 2001, a queda de uma baliza em Penacova, no distrito de Coimbra, matou um rapaz de 7 anos.

Em Julho de 2002, um rapaz de 15 anos chegou ao centro de saúde de Odemira ferido com gravidade por uma baliza, com poucas hipóteses de sobreviver. Acabou por morrer ao fim da tarde. Três outras crianças ficaram feridas em 2002 em acidentes ocorridos em Leiria, Santarém e Viseu.

Em 2003, um jovem foi esmagado por uma baliza num campo de férias em Vila Nova de Mil Fontes.

O primeiro Governo da coligação PSD-CDS/PP criou um grupo de trabalho constituído por representantes do Ministério da Educação, do ministro Adjunto do primeiro-ministro (a nomear no âmbito do Instituto do Consumidor, por ele tutelado) e da Secretaria de Estado da Juventude e Desportos para "avaliar os problemas relacionados com a segurança nos espaços destinados a actividades desportivas".

Só no fim de 2003, com a publicação a 9 de Dezembro do primeiro regime jurídico dos campos de férias portugueses, tutelados pelo Instituto Português da Juventude (IPJ), se pôs fim à ausência de fiscalização no sector.

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