Moqtada al-Sadr apela ao regresso às negociações em Najaf

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O líder xiita está de novo sob fogo americano Hadi Mizban/AP

O seu porta-voz, Ahmad al-Chaibani, indicou que "Moqtada al-Sadr pediu (ao conselheiro para a segurança nacional) Muaffak al-Roubai que volte a Najaf para retomar as negociações".

Centenas de iraquianos, na sua maioria milicianos, terão morrido nos confrontos que opõem o Exército de Mahdi aos militares americanos e às forças de segurança iraquianas desde 5 de Agosto. Desde sexta-feira que se cumpria um cessar-fogo para conversações entre os rebeldes xiitas e os negociadores do governo de Bagdad. Ontem, depois da trégua que interrompeu nove dias consecutivos de violência na cidade xiita, o Governo interino iraquiano anunciou que iria ordenar o reinício das operações militares contra a milícia xiita, na sequência do fracasso das negociações. O objectivo governamental é desarmar todas as milícias ainda activas no país.

Por seu turno, o movimento de Sadr acusou o primeiro-ministro iraquiano, Iyad Allawi, de ter ordenado a suspensão das negociações de forma unilateral. "Tínhamos já chegado a acordo com Rubai sobre todos os pontos" em discussão, "mas o primeiro-ministro pôs fim às negociações e chamou Rubai a Bagdad, ao mesmo tempo que as tropas norte-americanas avançam para Najaf", afirmou um porta-voz de Sadr.

Moqtada al-Sadr é um clérigo radical xiita que se opõe à presença americana no Iraque que granjeia simpatia entre a população xiita mais pobre, mas que não é aceite pela hierarquia religiosa xiita. O Exército de Mahdi é o grupo miliciano que lidera, composto por combatentes radicais.

Estes defendem um reduto de cerca de um quilómetro, na parte antiga da cidade, cpm centro no mausoléu do imã Ali.

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