Furacão Charley mata três pessoas na Flórida
Ao entrar na Flórida na tarde de ontem, com ventos de 230 quilómetros horários, o Charley provocou ondas com mais de quatro metros de altura, fortes inundações, tornados e deixou sem electricidade cerca de um milhão de pessoas, segundo as autoridades.
O furacão abateu-se sobre a zona entre Fort Myers e Punta Gorda, arrasando árvores e postes de electricidade e reduzindo casas e edifícios a escombros, causando cerca de 40 feridos, segundo a Associated Press. A AP frisa que este é o pior furacão a atingir a Florida desde o Andrew - há 12 anos. As zonas mais afectadas foram as costeiras, bem como os parques de caravanas. As vítimas mortais perderam a visa nos condados de Sarasota, Orange e em Fort Myers.
"Ficámos espantados com a força, grau quatro, com que atingiu a costa", disse à agência espanhola EFE Bill Locke, do Centro Nacional de Furacões, com sede em Miami.
Às 02h00 de hoje (hora de Lisboa), o Centro informava que o furacão Charley se deslocava rapidamente para nor-noroeste, a uma velocidade de 40 quilómetros por hora, em direcção a Orlando.
Nesta deslocação, o furacão gera ventos constantes de 144 quilómetros horários, o que o classifica como de grau 1 na escala de Saffir-Simpson (que mede de 1 a 5 a intensidade), o que significa que está a perder força, depois de ter passado pelas águas quentes do Golfo do México e pela península da Flórida.
Os meteorologistas prevêem que o Charley fustigue a zona de Orlando e siga para o Atlântico, podendo ganhar força de novo e rumar a norte. O Presidente George W. Bush já declarou a Flórida como zona de desastre e o seu irmão Jeb Bush, governador do estado, referiu que as previsões sobre os prejuízos atingem os 15 mil milhões de dólares (12 mil milhões de euros).