Reitoria da Portucalense acusada de mentir

A direcção cita um comunicado da reitoria da UP de sexta-feira da semana passada, no qual esta alegadamente se disponibiliza para apresentar as linhas gerais de um novo plano de viabilidade à direcção e adianta que o projecto "obteve o apoio necessário do Millenium BCP" (o principal credor da UP, que deve a este banco 12 milhões de euros). Uma informação que a direcção desmente, garantindo que consultou a entidade bancária a este propósito e que o BCP referiu, "embora apenas verbalmente", que não tinha dado "o seu acordo ou anuência a qualquer proposta".

A complicada situação financeira da Universidade Portucalense estará na base das denúncias que conduziram à aparatosa operação de busca da Polícia Judiciária aos gabinetes e à as residências de seis membros da direcção, suspeitos de admistração danosa e utilização indevida de fundos, em 10 de Julho último. A operação aconteceu no dia em que a direcção planeava apresentar o seu plano de reestruturação para a UP e que previa cortes de 35 por cento nas despesas com o pessoal e o emagrecimento e transformação de vários departamentos da universidade.

Negando qualquer tipo de fundamento nas acusações, os membros da direcção sublinham que ainda não foram ouvidos pela PJ e decidiram entretanto interpor um procedimento judicial por denúncia caluniosa contra incertos.

O PÚBLICO tentou ouvir os responsáveis da reitoria da UP, mas foi informado de que o reitor apenas prestará declarações quando regressar de férias, em Setembro.

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