Procuradoria diz que caso das cassetes descredibiliza investigação

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O gabinete de Souto Moura considera que o caso serve "uma estratégia de descredibilização da investigação e todos quantos nela participam" Miguel Silva (PÙBLICO)

A edição de hoje do "Independente" revela excertos de conversas entre o jornalista do "Correio da Manhã" Octávio Lopes e o ex-director da Polícia Judiciária Adelino Salvado e gravações de conversas entre o mesmo jornalista e a porta-voz da Procuradoria-Geral da República, Sara Pina, onde é referido o nome do antigo secretário-geral do PS.

Num comunicado difundido ao final tarde pelo gabinete do procurador-geral da República, Souto Moura, é garantido que "não se deverá escamotear o facto" de notícias sobre "o episódio das cassetes alegadamente furtadas, atentas as circunstâncias de tempo e modo em que vêm a lume, servirem objectivamente uma estratégia de descredibilização da investigação e todos quantos nela participam".

Quanto a Sara Pina, a mesma nota esclarece que, "a propósito de uma possível violação do segredo de justiça, a mesma assessora de imprensa não tem acesso aos processos a correrem termos nos tribunais e que as conversas mantidas com os outros colegas jornalistas podem resultar, no caso, do cruzamento de informação que pessoalmente tenha obtido".

O comunicado sublinha ainda que a permanência em funções de Sara Pina é uma decisão que caberá só a Souto Moura.

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