Gestores de topo portugueses recebem menos mas pagam menos impostos
Os salários totais anuais brutos dos gestores de topo portugueses "não ultrapassam a fasquia dos 150 mil euros", em comparação com os mais de 170 mil euros anuais que auferem os executivos britânicos, suíços, alemães, austríacos ou belgas, refere o estudo "Top Management Compensation Report for Western Europe".
Contudo, o impacto fiscal sobre os salários dos gestores de topo (administradores e directores-gerais) portugueses "atenua as diferenças registadas entre os seus salários e os da Europa", acrescenta a análise.
"Deste modo, e considerando apenas os salários líquidos, Portugal encontra-se a par com a média europeia", explica a Watson Wayatt.
Os finlandeses, gregos, suecos e luxemburgueses também estão no grupo dos mais "mal pagos" e, ao contrário dos portugueses (com excepção dos luxemburgueses), também são dos que menos dinheiro levam para casa, após impostos.
"Embora tais comparações internacionais possam ser interessantes, as mesmas deverão ser analisadas com algumas reservas", refere o relatório, que destaca o impacto de factores como a variação cambial e custo de vida, entre outros.
O "Top Management Compensation Report for Western Europe" analisa as tendências remuneratórias dos executivos de topo de 17 países europeus (os 15 países da União Europeia pré-alargamento mais a Noruega e a Suíça) e foi desenvolvido com base em informações de mais de duas mil empresas