Atenas 2004 com controlo "antidoping" mais apertado

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Pound: Queremos manter algum secretismo. Terá melhores resultados Fabrice Coffrini/EPA

"Queremos manter algum secretismo. Terá melhores resultados”, afirmou Pound ao diário francês "Le Parisien", garantindo que haverá despiste de hGH, mas recusando avançar mais detalhes e dizer qual o prazo em que esta substância é detectável a partir do momento em que é usada pelos atletas.

O presidente da AMA explicou também foi necessário encontrar "consenso científico" antes de se implementarem exames hematológicos que detectem transfusões recentes de sangue (para fugir aos testes, há quem use eritropoietina em períodos de treino, retire sangue rico em glóbulos vermelhos e o injecte antes das provas mais importantes) ou hemoglobina sintética, técnicas utilizadas para aumentar o fornecimento de oxigénio às células.

Face à possível interferência de laboratórios no desenvolvimento de novos dopantes, o organismo tem vindo ainda a apostar nas denúncias de quem se sinta prejudicado, de modo a "poupar milhões de dólares em pesquisas científicas obtendo pequenas porções das substâncias".

Foi desta forma que se descobriu que um laboratório californiano tinha desenvolvido um novo esteróide, a tetrahidrogestrinona (THG) e que foi possível desenvolver uma técnica de detecção e uma investigação que já visou vários atletas de topo, principalmente nos EUA. No entanto, o optimismo do presidente da AMA é limitado: "A nossa experiência com a THG mostra-nos que produtos podem ser criados a partir de uma pequena alteração molecular, de modo a não aparecerem nas análises. (…) A guerra vai durar anos. É uma maratona".

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