Washington pretende criar rede de "milícias amigas" para combater o terrorismo
Segundo o subsecretário da Defesa, Paul Wolfowitz - um dos artífices da guerra contra o Iraque - esta soma servirá "para treinar e equipar forças de segurança locais, e não apenas os exércitos, para combater o terrorismo e a insurreição".
Wolfowitz não referiu os nomes de potenciais beneficiários deste projecto na comunicação que fez à Comissão das Forças Armadas da Câmara dos Representantes.
Mas, segundo os responsáveis americanos, esta ajuda pode beneficiar grupos da fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão, do Iraque, do Cáucaso, dos países do Corno de África e várias ilhas filipinas, onde estão activos grupos radicais.
Esta estratégia já tinha sido utilizada no Afeganistão, onde as forças especiais americanas estabeleceram alianças com os senhores de guerra, que permitiram derrubar o regime taliban em 2001.
"Os nossos aliados mais importantes na guerra contra o terrorismo são os muçulmanos que procuram a liberdade e são contra o extremismo", disse o subsecretário da Defesa.