A Quercus fez um balanço da qualidade da água das 365 praias portuguesas nesta época balnear, baseado em 2217 análises do Instituto da Água, concluindo que sete praias costeiras e seis interiores revelaram pelo menos uma análise de má qualidade.

"Não chega a dois terços o número de praias que apresentou consistentemente qualidade boa", salienta a Quercus num comunicado hoje divulgado e citado pela Lusa. Os ambientalistas defendem que a chuva, que tem caído desde domingo, "pode" fazer piorar o diagnóstico da Quercus.

"Todos os anos, a ocorrência de precipitação tem sido responsável por uma degradação da qualidade da água nalgumas zonas balneares interiores e nalgumas praias costeiras, principalmente quando desaguam ribeiras em locais próximos", acrescenta.

Após um longo período sem chuva e tendo em conta que algumas praias estão próximas de zonas afectadas pelos incêndios, a Quercus alertou os banhistas para consultarem as análises de água das praias, cuja afixação é obrigatória. Os principais problemas das zonas balneares são, para a Quercus, acessibilidades deficientes, falta de infra-estruturas e limpeza do areal.

A Quercus denunciou ainda a falta de informação sobre as praias dos Açores no sítio oficial do Instituto da Água na Internet e o atraso na informação sobre a qualidade da água das zonas balneares de Lisboa e Vale do Tejo.

Das sete praias costeiras em questão apenas uma, em Matosinhos, observou cinco análises más e está interdita desde 15 de Junho. Das restantes, todas com uma análise má, duas são no Algarve: Oura, em Albufeira, e Quarteira, em Loulé.

As outras quatro praias costeiras são as de Gondarém (Porto), Magoito (Sintra, Lisboa), Marinha e Valadares-Sul (Vila Nova Gaia, Porto).

As seis praias interiores referenciadas são as de Ribeira Alge (Alvaiazere), Valeta (Arcos Valdevez), Verim (Póvoa de Lanhoso), Aldeia Ruiva (Proença a Nova), Gaviões (Vila Velha de Ródão) e Ponte Maçãs (Vimioso).