Em conferência de imprensa, Vítor Cruz explicou que dos 70 candidatos sociais-democratas que integram a lista da coligação, 54 são novos e destacou, em particular, as alterações introduzidas nas listas das ilhas Graciosa, Flores, Faial, Santa Maria e São Miguel, as quais apresentam maior número de independentes em lugares elegíveis.

O candidato a chefe do executivo regional garantiu que as candidaturas do seu partido apontam para uma "renovação em 50 por cento" dos actuais deputados e um "aumento de 22 para 32 por cento no número de mulheres".

Vítor Cruz garantiu que a comissão política regional do PSD aprovou por unanimidade a lista de candidatos, escolhidos "em sufrágio secreto dos militantes em assembleia de ilha" — um processo adoptado pela primeira vez na história do partido.

Em relação aos candidatos do parceiro de coligação (CDS-PP), o líder do PSD afirmou que o processo de escolha está praticamente concluído e a sua colocação na lista, que deverá incluir um total de cem candidatos, terá em conta o resultado das últimas regionais.

Vítor Cruz considerou que as eleições de Outubro vão ser "muito disputadas", mas declarou-se convencido de que a coligação está "em excelentes condições para sair vitoriosa".

Contudo, nem todos estão contentes com este processo, como é o caso do deputado regional José Francisco Fernandes, eleito pelo círculo das Flores. O parlamentar anunciou que a partir de hoje se assumirá como independente, em protesto por ter sido excluído da lista da coligação sem quaisquer explicações dos líderes do partido.

Nas eleições de 17 de Outubro para o parlamento açoriano serão escolhidos 52 deputados em nove círculos eleitorais, correspondentes a cada uma das ilhas do arquipélago.