Trabalhadores das autarquias admitem entrar em greve

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PÚBLICO

Em causa estão questões como a reconversão profissional, o suplemento de insalubridade, penosidade e risco, as carreiras e o sistema de classificação de serviço, bem como a regulamentação relativa às polícias municipais e ao estatuto dos bombeiros profissionais.

No final de uma reunião com o secretário de Estado da Administração Local, em Coimbra, Francisco Brás, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), disse que algumas das matérias estão há vários anos para ser desbloqueadas. "Já passou o tempo de estudo, da negociação e do consenso", sublinhou, avisando que a reacção dos trabalhadores a uma eventual falta de "respostas concretas" da tutela incluirá "diversas acções" públicas e que "não está excluída" a hipótese de paralisação.

O sindicalista afirmou que o anterior secretário de Estado da tutela, Miguel Relvas, "comprometeu-se a dar seguimento" ao processo então em curso, desde que o STAL "obtivesse consensos com a Associação Nacional dos Municípios Portugueses [ANMP]", o que entretanto foi conseguido.

Com esse objectivo, e respondendo ao "desafio do doutor Miguel Relvas", foram realizadas várias reuniões de uma comissão tripartida que incluiu também a Direcção-Geral das Autarquias Locais (DGAL), salientou Francisco Brás.

No final da reunião com o secretário de Estado, José Cesário, o presidente do STAL adiantou que o sindicato e os trabalhadores vão esperar até à primeira semana de Setembro, para "saber o ponto da situação". José Cesário disse aos jornalistas que se comprometeu com a direcção do STAL "para ir dando o ponto da situação", mas que "não aceita prazos".

"Há muitas questões que foram colocadas. Comprometi-me a manter uma relação de permanente abertura com o STAL", acrescentou, sem responder directamente às reivindicações dos trabalhadores das autarquias.

O gabinete de José Cesário foi instalado no edifício da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, em Coimbra, no âmbito da recente decisão do primeiro-ministro, Santana Lopes, de descentralizar algumas secretarias de Estado.

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