Fundo reforça verbas para conservação de estradas

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São necessários 117 milhões para resolver os principais problemas Lusa

Esta é a fórmula encontrada pelo ministério tutelado por António Mexia para aumentar as verbas a destinar à conservação das estradas, pontes e auto-estradas sem necessitar de recorrer ao reforço das verbas cabimentadas no Orçamento de Estado (OE). António Mexia reservou para mais tarde a apresentação dos detalhes desta iniciativa, mas ela não deve deixar de ser tida em conta na preparação do próximo OE, já em curso. Por receitas inerentes deve entender-se aquelas que resultam da utilização dessas rodovias.

A criação deste Fundo assume maior relevância quando se sabe da míngua de verbas que o Instituto de Estradas de Portugal (IEP) tem anualmente disponíveis para dedicar aos trabalhos de reparação e manutenção. Uma míngua que se torna ainda mais óbvia ao conhecer-se os detalhes da calendarização preparada pelo Governo para acudir ao caso concreto das obras de arte rodoviárias, que foram inspeccionadas na sequência da queda da ponte Hintze Ribeiro, em 2001.

Em resultado das vistorias foram encontrados 62 casos a necessitar de obras mais urgentes, mas cujas intervenções foram diluídas num calendário até 2006. Contactada pelo PÚBLICO, uma fonte do Ministério das Obras Públicas refutou a ideia que esteja a haver atrasos nessas intervenções, e lembra que a par desse calendário de obras foi também definido um plano de restrições ao tráfego que, a ser cumprido, minimiza os receios de insegurança. Segundo dados já revelados por António Mexia, são necessários 117 milhões de euros para enfrentar os problemas mais urgentes. Mas o grosso do investimento vai ser atirado para 2005.

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