A cotação indicativa do cabaz OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) atingiu ontem novo máximo, ao ultrapassar a barreira psicológica dos 40 dólares.

Às 10h15, o preço do barril de Brent, petróleo do Mar do Norte, para entrega em Setembro, cotava-se no mercado internacional de Londres a 41,36 dólares, um pouco menos que os 41,56 dólares atingidos no encerramento da sessão anterior.

Ontem, o "light sweet crude", referência em Nova Iorque, cotava-se a 45,21 dólares contra 44,32 dólares no encerramento do dia anterior.

Os futuros do mercado norte-americano apresentavam hoje valores ainda muito elevados, com o barril a transaccionar-se a 44,77 dólares contra 44,84 dólares na sessão anterior.

Na sexta-feira, as cotações do petróleo tinham começado a cair, após a divulgação dos números da criação de empregos nos EUA, que foram muito mais baixos que os esperados pelos analistas.

A economia norte-americana criou 32 mil novos empregos em Julho, quando as previsões apontavam para 240 mil, o que pode reflectir a desaceleração económica nos EUA e traduzir-se num menor consumo de combustíveis.

Mas ontem, as cotações voltaram a atingir recordes, com os receios acerca da capacidade de resposta dos produtores a agudizar-se com a notícia de que o Iraque interrompeu o abastecimento dos petroleiros no Golfe Pérsico devido a ameaças de possíveis ataques às suas infra-estruturas.

A companhia Southern Oil paralisou a produção de crude no Iraque depois de milícias iraquianas terem ameaçado atacar as suas instalações.

Os especialistas da OPEP calculam que o barril (159 litros) de petróleo de referência da organização, baseado na média de sete tipos de petróleo tenha subido 37 cêntimos de dólar face à cotação de sexta-feira.