Gravações roubadas: Adelino Salvado pode estar de saída da direcção da PJ

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Adelino Salvado pode ser a primeira vítima política do caso das gravações Fernando Veludo/PÚBLICO

O "Jornal de Notícias" avança hoje que o ministro Aguiar Branco estará apenas à espera que seja Adelino Salvado a escolher o seu destino - se apresenta ele mesmo a demissão ou se será demitido pela tutela.

O diário indica que o Ministério estaria a par do desaparecimento das gravações de Octávio Lopes, jornalista do "Correio da Manhã", que compilam um ano e meio de trabalho no âmbito do processo de pedofilia da Casa Pia e conversas com vários operadores judiciais, entre os quais o director nacional da PJ.

O gabinete do ministro não confirmou o impasse quanto aos destinos da chefia da PJ.

Já o "Diário de Notícias" precisa que as declarações de Adelino Salvado foram já ouvidas "por diversos elementos do Governo" e uma das fontes contactadas, não identificadas, comenta que as afirmações do juiz desembargador são "pelo menos insensatas" e "totalmente desaconselháveis".

O DN indica ainda que este caso terá sido a gota de água numa série de inconveniências protagonizadas pelo director nacional da PJ, já visado após declarações sobre a operação Apito Dourado. O Governo estará já a procurar o substituto do magistrado, indica o diário.

O bastonário dos Advogados, em declarações ao PÚBLICO, defende que o caso deve ser alvo de uma investigação da Procuradoria Geral da República.

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