Em declarações à Lusa, o assessor de imprensa do Ministério dos Negócios Estrangeiros e das Comunidades Portuguesas afirmou ainda que o ministro António Monteiro desenvolveu esforços imediatamente para contactar com os mergulhadores portugueses.

Os 12 mergulhadores - todos europeus (cinco portugueses, cinco britânicos e dois belgas) - estiveram hoje desaparecidos no mar Vermelho durante seis horas, junto a Quseir, 800 quilómetros a sudeste do Cairo, e foram encontrados com vida, segundo a polícia egípcia.

Nas operações de busca participam dez embarcações e um helicóptero da Força Aérea egípcia, auxiliados por um total de 12 mergulhadores.

Quseir fica a sul de Hurghada, uma popular estância turística na costa Oeste do mar Vermelho, para a qual viajam semanalmente muitos turistas, entre os quais portugueses.

Por seu lado, o organizador da viagem ao mar Vermelho já falou com os mergulhadores portugueses e assegurou "que estão todos muito bem", incluindo os restantes sete europeus.

"Já falámos com dois deles. Eles já estão no barco, estão todos bem e vão continuar viagem", disse à Lusa Blaca Roger, da "Escape Travel", a agência de viagens que organizou o cruzeiro.

Também segundo Blaca Roger, os mergulhadores relataram que quando estavam no fundo do mar afastaram-se do barco sem dar por isso, porque a corrente estava muito forte.

"Quando se está no fundo do mar, muitas vezes não se tem a noção que nos estamos a afastar do barco porque a corrente é muito forte", afirmou. Ainda de acordo com Blaca Roger, os turistas que foram resgatados "estão todos bem de saúde e nem frio dizem ter".

Já uma familiar de um dos mergulhadores resgatados contou à Lusa, depois de o ter contactado, que o grupo foi afastado do barco pelas correntes, hoje de manhã, tendo sido avistado duas horas depois. O mergulhador, de 27 anos, disse ainda à mesma familiar que o que demorou mais tempo foi o processo de salvamento, mas que "correu tudo muito bem".